O relógio marca um tempo que não é real.
Os minutos já pararam de importar.
Reparas na minha mão esquecida sobre os teus cabelos
enquanto, em silêncio, invento um poema de saudade.
É a despedida antecipada do amanhã que ainda não chegou.
Um gosto amargo que já repassa o corpo e a alma.
Faço um trato com o teu coração e nele gravo um recado:
Que eu possa ir junto dele, deixas?
Quero que saibas que sempre que olhas para mim
"chamas a ti todo o céu com um sorriso".
ENd
* adaptação do título do poema de e. e. cummings (chamar a si todo o céu com um sorriso)
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