segunda-feira, 23 de setembro de 2013

António Ramos Rosa (Faro, 17 de Outubro de 1924 - 23 de Setembro de 2013),







Para um Amigo Tenho Sempre

Para um amigo tenho sempre um relógio ...
esquecido em qualquer fundo de algibeira.
Mas esse relógio não marca o tempo inútil.
São restos de tabaco e de ternura rápida.
É um arco-íris de sombra, quente e trémulo.
É um copo de vinho com o meu sangue e o sol.

in "Viagem Através de uma Nebulosa"

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