domingo, 17 de março de 2013

A não esquecer !


Elis Regina !

Águas de Março!



Tatuagem




Atrás da porta



Pois é



Sinal Fechado


Fascinação


Seria hoje aniversariante

 
 
Elis Regina Carvalho Costa
(Porto Alegre, 17 de março de 1945 – São Paulo, 19 de janeiro de 1982)

Come rain or come shine


Chegarás antes de acabar a chuva ?

Conto até cem e, se não chegares antes dos cem, vou-me embora. Não chegaste antes dos cem. Conto de cem a um e, se não chegares antes do um, vou-me embora. Não chegaste antes do um. Conto dez automóveis pretos e, se não chegares antes dos dez automóveis pretos, vou-me embora. Não chegaste antes dos dez automóveis pretos. Nem antes dos quinze taxis vazios. Nem antes dos sete homens carecas. Nem antes das nove mulheres loiras. Nem antes das quatro ambulâncias. Nem sequer antes dos três corcundas e, entretanto, começou a chover.
(...)
 

Chegarás antes de acabar a chuva?
(...)


António Lobo Antunes, O Encontro, Visão, 27.10.2011


Ler mais: http://visao.sapo.pt/o-encontro=f629902#ixzz2NoupeSbh

Dançando

Dá-me só a mão



Não digas nada, dá-me só a mão. Palavra de honra que não é preciso dizer nada, a mão chega. Parece-te estranho que a mão chegue, não é, mas chega. (...)

António Lobo Antunes, Migalhas, Visão, 10 de Março de 2008
(...)


Ler mais: http://visao.sapo.pt/migalhas=f496939#ixzz2Nok2c4tN

Atlântico


Mar,
Metade da minha alma é feita de maresia.

(Sophia de Mello Breyner Andresen)

swinging


A visita




O gato lembra-se de ti nos intervalos. Espera
de olhos acesos as histórias que nos contas.
Passeia-se inquieto sobre o meu parapeito e eriça
o pêlo, cúmplice, quando pressente que regressas.

Chegas sempre de noite. Sei quem és e ao que vens
e ofereço-te o silêncio de um pequeno quarto recuado,
as sombras das traseiras na minha pele, o tempo
de repetir um gesto inevitável. Ouço-te contar
a mesma lenda com lábios sempre novos. Aprendo-a
e esqueço-a. Nunca a saberemos de cor, o gato ou eu.

Depois partes. Levas contigo a tua voz, mas a música
fica. Eu fecho as portadas devagar. O gato mia baixo
à janela. Ninguém acena: guardamos com os outros
o segredo das tuas visitas. Ambos. O gato e eu.
 
(Maria do Rosário Pedreira
- Poesia Reunida, pág. 44)



Nota: o título é nosso 

terça-feira, 12 de março de 2013

O gato e a lua


"THE cat went here and there
And the moon spun round like a top,
And the nearest kin of the moon,
The creeping cat, looked up.
Black Minnaloushe stared at the moon,
For, wander and wail as he would,
The pure cold light in the sky
...
Troubled his animal blood.
Minnaloushe runs in the grass
Lifting his delicate feet.
Do you dance, Minnaloushe, do you dance?
When two close kindred meet,
What better than call a dance?
Maybe the moon may learn,
Tired of that courtly fashion,
A new dance turn.
Minnaloushe creeps through the grass
From moonlit place to place,
The sacred moon overhead
Has taken a new phase.
Does Minnaloushe know that his pupils
Will pass from change to change,
And that from round to crescent,
From crescent to round they range?
Minnaloushe creeps through the grass
Alone, important and wise
And lifts to the changing moon
His changing eyes."
  (W.B. Yeats,"The Cat and the Moon/The Wild Swans at Coole", New York: Macmillan, 1919)

porque não?

Se eu ficar aqui... simplesmente me limitar a ficar aqui...
ficas comigo e esquecemos o mundo?

segunda-feira, 11 de março de 2013

quotidiano

"As canções e os poemas ignoram tanto acerca do amor. Como se explica, por exemplo, que não falem dos serões a ver televisão no sofá? Não há explicação. O amor também é estar no sofá, tapados pela mesma manta, a ver séries más ou filmes maus. Talvez chova lá fora, talvez faça frio, não importa. O sofá é quentinho e fica mesmo à frente de um aparelho onde passam as séries e os filmes mais parvos que já se fizeram. Daqui a pouco começam as televendas, também servem."
 José Luís Peixoto

Porque nem as paredes da rua são portas fechadas III

Porque nem as paredes da rua são portas fechadas II

Porque nem as paredes da rua são portas fechadas I

é o gene pá!

Descoberto o gene que faz as mulheres felizes

Investigadores norte-americanos descobriram que o 'monoamina oxidade A' funciona como um gene da felicidade feminino vulgarmente denominado chocolate negro com favaios:)


Ler mais: http://visao.sapo.pt/descoberto-o-gene-que-faz-as-mulheres-felizes=f683959#ixzz2NGqCzngZhttp://visao.sapo.pt/descoberto-o-gene-que-faz-as-mulheres-felizes=f683959


The afterlife...

DESPERTANDO

En el vientre de una mujer embarazada se encontraban dos bebés. Uno pregunta al otro:
-¿Tú crees en la vida después del parto?
- Claro que sí. Algo debe existir después del parto. Tal vez estemos aquí porque necesitamos prepararnos para lo que seremos más tarde.
- ¡Tonterías! No hay vida después del parto. ¿Cómo sería esa vida?
- No lo sé pero seguramente... habrá más luz que aquí. Tal vez caminemos con nuestros propios pies y nos alimentemos por la boca.
- ¡Eso es absurdo! Caminar es imposible. ¿Y comer por la boca? ¡Eso es ridículo! El cordón umbilical es por donde nos alimentamos. Yo te digo una cosa: la vida después del parto está excluida. El cordón umbilical es demasiado corto.
- Pues yo creo que debe haber algo. Y tal vez sea sólo un poco distinto a lo que estamos acostumbrados a tener aquí.
- Pero nadie ha vuelto nunca del más allá, después del parto. El parto es el final de la vida. Y a fin de cuentas, la vida no es más que una angustiosa existencia en la oscuridad que no lleva a nada.
- Bueno, yo no sé exactamente cómo será después del parto, pero seguro que veremos a mamá y ella nos cuidará.
- ¿Mamá? ¿Tú crees en mamá? ¿Y dónde crees tú que está ella?
- ¿Dónde? ¡En todo nuestro alrededor! En ella y a través de ella es como vivimos. Sin ella todo este mundo no existiría.
- ¡Pues yo no me lo creo! Nunca he visto a mamá, por lo tanto, es lógico que no exista.
- Bueno, pero a veces, cuando estamos en silencio, tú puedes oírla cantando o sentir cómo acaricia nuestro mundo. ¿Sabes?... Yo pienso que hay una vida real que nos espera y que ahora solamente estamos preparándonos para ella...

DESCONOCIDO