sábado, 31 de dezembro de 2011

2011/2012

BOM ANO NOVO

COM SAÚDE, AMOR E PAZ

E TUDO O MAIS QUE FOR IMPORTANTE PARA VÓS


como diria Raul Solnado (ou António Feio que o citou)
FAÇAM O FAVOR DE SER FELIZES

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

domingo, 25 de dezembro de 2011

Contra tudo e contra todos...


...Um doce e feliz Natal.
Que cada um de nós construa o Natal com que sempre sonhou, sejam quais forem as circunstâncias!!!



sábado, 24 de dezembro de 2011

Faltava-nos a Árvore de Natal!


Merry Christmas Baby !

Merry Christmas

Para isso fomos feitos...




Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.

Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.

Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.

Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.


Vinícius de Moraes

Little Drummer Boy :-)

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Mário Viegas - Natal

Chegou o Natal!

Poema de Natal (Manuel Alegre)

 

Acontecia. No vento. Na chuva. Acontecia.
Era gente a correr pela música acima.
Uma onda uma festa. Palavras a saltar.

Eram carpas ou mãos. Um soluço uma rima.
Guitarras guitarras. Ou talvez mar.
E acontecia. No vento. Na chuva. Acontecia.

Na tua boca. No teu rosto. No teu corpo acontecia.
No teu ritmo nos teus ritos.
No teu sono nos teus gestos. (Liturgia liturgia).
Nos teus gritos. Nos teus olhos quase aflitos.
E nos silêncios infinitos. Na tua noite e no teu dia.
No teu sol acontecia.

Era um sopro. Era um salmo. (Nostalgia nostalgia).
Todo o tempo num só tempo: andamento
de poesia. Era um susto. Ou sobressalto. E acontecia.
Na cidade lavada pela chuva. Em cada curva
acontecia. E em cada acaso. Como um pouco de água turva
na cidade agitada pelo vento.

Natal Natal (diziam). E acontecia.
Como se fosse na palavra a rosa brava
acontecia. E era Dezembro que floria.
Era um vulcão. E no teu corpo a flor e a lava.
E era na lava a rosa e a palavra.
Todo o tempo num só tempo: nascimento de poesia.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

coisas que amanhã não me interessam nada...

35 : o número natural seguinte ao 34 e anterior ao 36.

File: Pirâmide de 35 animation.gif esferas

é a soma dos cinco primeiros números triangulares , tornando-se um número tetraédrico .

35 é o número de maneiras em que três coisas podem ser seleccionadas a partir de um conjunto de sete coisas originais, também conhecida como a " combinação de sete coisas tomadas três de uma vez ".

35 é um número cubo centrado , um número pentagonal e um número pentatope .

35 é ainda a bitola básica para as películas analógicas de fotografias e imagens em movimento.



36 é o número natural seguinte a 35 e anterior a 37 .

É o menor número n com exatamente 8 soluções para a equação φ (x) = n. Sendo o menor número com exatamente 9 divisores , 36 é um número altamente composto . A soma de alguns subconjuntos de seus divisores (por exemplo, 6, 12 e 18) dá 36, portanto 36 é um número semiperfeito.

Este número é a soma de um primo gémeo (17 + 19), a soma dos cubos dos primeiros três números inteiros , e o produto dos quadrados dos três primeiros números inteiros.

36 é o número de graus no ângulo interior de cada ponta de um pentagrama regular .

O número atómico do kripton.


A tradição judaica diz que o número 36 teve um significado especial desde o início do tempo: De acordo com o Midrash , a luz criada por Deus no primeiro dia da criação brilhou por exatamente 36 horas, foi substituída pela luz do dom que foi criada no quarto dia. A Torah manda amar, respeitar e proteger 36 vezes o desconhecido. Além disso, em cada geração há 36 pessoas justas (o "Lamed Vav Tzadikim"), em cujo mérito o mundo continua a existir. Na celebração moderna de Hannukah , 36 velas são acesas na menorah ao longo dos 8 dias de férias (não incluindo a vela shamash).

Numa lenda Maori sobre a criação do homem pelo deus Tane , 36 deuses participaram activamente na montagem da várias partes do ser humano antes de Tane lhe dar vida.

Fonte Wikipédia

adaptado


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

John Coltrane & Miles Davis - Bye Bye Blackbird (mucho cool, baby!)

Cool, baby!

Hot Clube - Praça da Alegria
21.12.2011
4to Hot Clube de 1963 (Bernardo Moreira - ctbx, Justiniano Canelhas - piano e Manuel Jorge Veloso bat + convidados) às 22h
7to Hot Clube de Portugal (Bruno Santos - gtr, João Moreira - trp, Pedro Moreira - sax, Luís Cunha - trb, Rodrigo Gonçalves - pno, Bernardo Moreira - ctbx e André Sousa Machado - bat) às 23h

Shhh, speak low ;-)

Esta acompanha com um sorriso e com os votos de que "todos consigam fazer com que a música nunca acabe" ...

Yesterday I Heard The Rain e onde estavas tu? :-)

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Faites vos jeux ...Rien ne vas plus

Qual é a tua essência?

O que nos distingue, nos torna autênticos, são as características imutáveis do nosso ser. Tudo o resto não passa de manifestações, aspectos mutáveis, meros acidentes.
A essência persiste, é eterna. Tudo o resto é efémero.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Contam-se pelos dedos da mão, felizmente.

O que Distingue um Amigo VerdadeiroNão se pode ter muitos amigos. Mesmo que se queira, mesmo que se conheçam pessoas de quem apetece ser amiga, não se pode ter muitos amigos. Ou melhor: nunca se pode ser bom amigo de muitas pessoas. Ou melhor: amigo. A preocupação da alma e a ocupação do espaço, o tempo que se pode passar e a atenção que se pode dar — todas estas coisas são finitas e têm de ser partilhadas. Não chegam para mais de um, dois, três, quatro, cinco amigos. É preciso saber partilhar o que temos com eles e não se pode dividir uma coisa já de si pequena (nós) por muitas pessoas.

Os amigos, como acontece com os amantes, também têm de ser escolhidos. Pode custar-nos não ter tempo nem vida para se ser amigo de alguém de quem se gosta, mas esse é um dos custos da amizade. O que é bom sai caro. A tendência automática é para ter um máximo de amigos ou mesmo ser amigo de toda a gente. Trata-se de uma espécie de promiscuidade, para não dizer a pior. Não se pode ser amigo de todas as pessoas de que se gosta. Às vezes, para se ser amigo de alguém, chega a ser preciso ser-se inimigo de quem se gosta.

Em Portugal, a amizade leva-se a sério e pratica-se bem. É uma coisa à qual se dedica tempo, nervosismo, exaltação. A amizade é vista, e é verdade, como o único sentimento indispensável. No entanto, existe uma mentalidade Speedy González, toda «Hey gringo, my friend», que vê em cada ser humano um «amigo». Todos conhecemos o género — é o «gajo porreiro», que se «dá bem com toda a gente». E o «amigalhaço». E tem, naturalmente, dezenas de amigos e de amigas, centenas de amiguinhos, camaradas, compinchas, cúmplices, correligionários, colegas e outras coisas começadas por c.
Os amigalhaços são mais detestáveis que os piores inimigos. Os nossos inimigos, ao menos, não nos traem. Odeiam-nos lealmente. Mas um amigalhaço, que é amigo de muitos pares de inimigos e passa o tempo a tentar conciliar posições e personalidades irreconciliáveis, é sempre um traidor. Para mais, pífio e arrependido. Para se ser um bom amigo, têm de herdar-se, de coração inteiro, os amigos e os inimigos da outra pessoa. E fácil estar sempre do lado de quem se julga ter razão. O que distingue um amigo verdadeiro é ser capaz de estar ao nosso lado quando nós não temos razão. O amigalhaço, em contrapartida, é o modelo mais mole e vira-casacas da moderação. Diz: «Eu sou muito amigo dele, mas tenho de reconhecer que ele é um sacana.» Como se pode ser amigo de um sacana? Os amigos são, por definição, as melhores pessoas do mundo, as mais interessantes e as mais geniais. Os amigos não podem ser maus. A lealdade é a qualidade mais importante de uma amizade. E claro que é difícil ser inteiramente leal, mas tem de se ser.

Miguel Esteves Cardoso, in 'Os Meus Problemas'

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A música

A música é capaz de reproduzir, em sua forma real, a dor que dilacera a alma e o sorriso que inebria.


Ludwig van Beethoven

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O "Cartão de Boas Festas" do David Fonseca :)

Invento-me neste desejo de te abraçar...

(...)

Invento-me vento, nortada, brisa, aragem,
Para de forma empolgada,
Agitar teu rio, ondular teu mar...


Invento-me, nestas todas metamorfoses
de ser eu própria, que trago silenciadas no meu espírito,
E ensaio-me assim, neste ser,
Nestas mil formas adoptadas,
Só porque te encontro ao inventar-me,
Mas porque te invento somente a ti!

Beatriz Barroso
in «Os Dias do Amor», por Inês Ramos,
O título também é da autoria da poeta

Um Abraço!

Será que vai tocar esta no dia 15? Talvez, tão velhinha que esta é... há-de estar farto de a tocar

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Alors On Danse

Para quem tiver vontade dançar!

Dezembro

Espero há duas horas.
Sem pressa, sem angústia
Como alguém que espera uma ausência há demasiado tempo.
Assisto à porta que finalmente se fecha sobre uma ilusão
e ao pó que teima em cair,
lentamente,
numa casa esventrada que não é a minha.
Tranco a porta. Troco a chave.
Traço um sorriso no rosto.
Reconheço-me. Recomeço.
Regresso a casa.
As paredes sujas reflectem agora a alegria das vozes amigas.
As molduras suspensas ainda aguardam por momentos felizes.


sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Ora somos todos um impresso...

Sobre a união orçamental de Merkozy e a disciplina fiscal


 
sol.sapo.pt/inicio/Internacional/Interior.aspx?content_id=35320
 
Aqui vai um excerto da minha recomendação de leitura para o fim-de-semana, a conjugar com a ignorada CRP:

Artigo 308.º - Traição à Pátria
Aquele que, por meio de usurpação ou abuso de funções de soberania:
a) Tentar separar da Mãe-Pátria ou entregar a país estrangeiro ou submeter à soberania estrangeira todo o território português ou parte dele; ou
b) Ofender ou puser em perigo a independência do País;
é punido com pena de prisão de dez a vinte anos.


Fonte: Código Penal português (LIVRO II - Parte especial, TÍTULO V - Dos crimes contra o Estado - CAPÍTULO I - Dos crimes contra a segurança do Estado - SECÇÃO I - Dos crimes contra a soberania nacional - SUBSECÇÃO I - Dos crimes contra a independência e a integridade nacionais)




 


quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Ele também não trabalha no SNS


"É o que as pessoas dizem [que o tempo muda tudo]. Não é verdade. Fazer coisas é o que muda algo. Não fazer nada, deixa as coisas como eram."
Dr. House

domingo, 27 de novembro de 2011

Breathing in


Ainda sob as (boas) influências de sábado, respeitosamente sentidas.


May God bless and keep you always
May your wishes all come true
May you always do for others
And let others do for you
May you build a ladder to the stars
And climb on every rung
May you stay forever young

May you grow up to be righteous
May you grow up to be true
May you always know the truth
And see the lights surrounding you
May you always be courageous
Stand upright and be strong
May you stay forever young

May your hands always be busy
May your feet always be swift
May you have a strong foundation
When the winds of changes shift
May your heart always be joyful
May your song always be sung
May you stay forever young



Um Fado ...

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Apneia
Amor suspenso no arame do tempo.
Um corte mudo no desfiar dos dias. Fundo.
Não respiro.
Como tu quando aguardas que a borboleta pouse nas tuas mãos.
Fico imóvel. Espero. E acredito. E chamo baixinho.
Um dia hei-de falar-te sobre os mergulhadores de pérolas.
Apneia.
Mergulho na Alma onde te encontro.
Ainda não respiro...



quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Agora quase a sério...

"Pensar o meu país. De repente toda a gente se pôs a um canto a meditar o país. Nunca o tínhamos pensado, pensáramos apenas os que o governavam sem pensar. E de súbito foi isto. Mas para se chegar ao país tem de se atravessar o espesso nevoeiro da mediocralhada que o infestou. Será que a democracia exige a mediocridade? Mas os povos civilizados dizem que não. Nós é que temos um estilo de ser medíocres. Não é questão de se ser ignorante, incompetente e tudo o mais que se pode acrescentar ao estado em bruto. Não é questão de se ser estúpido. Temos saber, temos inteligência. A questão é só a do equilíbrio e harmonia, a questão é a do bom senso. Há um modo profundo de se ser que fica vivo por baixo de todas as cataplasmas de verniz que se lhe aplicarem. Há um modo de se ser grosseiro, sem ao menos se ter o rasgo de assumir a grosseria. E o resultado é o ridículo, a fífia, a «fuga do pé para o chinelo». O Espanhol é um «bárbaro», mas assume a barbaridade. Nós somos uns campónios com a obsessão de parecermos civilizados. O Francês é um ser artificioso, mas que vive dentro do artifício. O Alemão é uma broca ou um parafuso, mas que tem o feitio de uma broca ou de um parafuso. O Italiano é um histérico, mas que se investe da sua condição no parlapatar barato, na gritaria. O Inglês é um sujeito grave de coco, mas que assume a gravidade e o ridículo que vier nela. Nós somos sobretudo ridículos porque o não queremos parecer. A politiqueirada portuguesa é uma gentalha execranda, parlapatona, intriguista, charlatã, exibicionista, fanfarrona, de um empertigamento patarreco — e tocante de candura. Deus. É pois isto a democracia? "

Vergílio Ferreira, in 'Conta-Corrente 2'

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

CAMANÉ "Sei de um Rio"

Duo Ouro Negro-Vou Levar-te Comigo (de transporte público, amanhã tb não)

Bonga - Mariquinha (se vem p'ra Angola, não é amanhã)

ZIMBRO - Apita o Comboio (amanhã não)

Os Azeitonas - Anda Comigo Ver Os Aviões (noutro dia qualquer que não amanhã)

Thirty Seconds To Mars - This Is War (amanhã é só quinta-feira)

Jorge Palma - Estrela do Mar

Com todo o respeito e brilhante como sempre, Jorge na FNAC no dia 26

Ainda dizem que não há boas notícias, não há esperança e não temos saída. Puro engano! Se tirarmos o véu, procurarmos nos sítios certos e andarmos por bons caminhos, chegamos a bom porto. E não falo só, obviamente, do Jorge Palma no Chiado. Isso é só um princípio...

Justice - Civilization (dois vocábulos em vias de extinção)

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Meta: morfose




Dizem que a forma como passamos os nossos dias é a forma como passamos a nossa vida.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Há dias assim e há dias assado...

Abre-se com o dia
A expectativa do café sem açucar
E sem grandes ambições
O encanto súbito
Do eléctrico que desliza pelos carris
Transportando rostos imperfeitos
Onde é missão impossível
Adivinhar um sorriso
Mas o fundo cor-de-rosa dos edifícios
Embora não se estenda ao fim das histórias
Conforta o coração arrefecido
Pela chuva constante de um breve olhar.
Ah! Pudesse a vida recomeçar noutro dia
Que não segunda-feira...

A febre de 2ª de manhã

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Fico feliz por te ver assim

Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama.

Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais
E sentes só o que sentes.

És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu.
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.



Fernando Pessoa

:)

terça-feira, 15 de novembro de 2011

U2- So Cruel (Wicker Park-The Story of Love and Cruelty)

Não sei se o amor é mágico, mas trágico não é de certeza...

"Enquanto palavras passam como convidados
Nem os acabamos de conhecer
O tomate enfeita a salada
Um pouco cozido demais
Já desafiando o seu fim
A rapariga d'ontem
Também hoje a vi assim
Um ninho de raízes mortas
Enfeitava os cantos da sua boca
Onde estão as sementes dessas palavras?
Anéis e fios de lágrimas
São o anil dos seus olhos
Tudo com o silêncio
De uma escada rolante
O calor do bater das artérias
É um bom agasalho
Uma almofada para cada momento
Sumiram-se as grandes vias da vida
À mesa do restaurante
Vêm depois do aperitivo
Não se fixam
Só ficou um pouco do seu vento
Com caras e sombras
Os pássaros voaram com mais respeito
Um pouco de dança
Com o interesse do jornal lido
Grandes notícias
Onde nós não estamos
Servem espargos morenos e salada
Um beijo como um casamento
Com fraque e vestido de noiva."

A. Castelo

Só impõe amarras quem não sabe criar laços

" - O que quer dizer cativar? - disse o principezinho
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa criar laços... "

 
O Pequeno Príncipe -Antoine de Saint-Exupéry

É largar a côdea se o pão já está duro

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Porque há coisas imperdoáveis...



... como desistir de lutar;
... não perdoar;
...pisar quem está no chão;
... esquecer quem nos quer bem;
 enfim o que seríamos nós sem o nosso sentido de humor?

domingo, 13 de novembro de 2011

O Quim vale + ca troika

A maturidade do Adão e dos que se lhe seguiram



Coisas que se ouvem...

Quiero que sepas
una cosa.

Tú sabes cómo es esto:
si miro
la luna de cristal, la rama roja
del lento otoño en mi ventana,
si toco
junto al fuego
la impalpable ceniza
o el arrugado cuerpo de la leña,
todo me lleva a ti,
como si todo lo que existe,
aromas, luz, metales,
fueran pequeños barcos que navegan
hacia las islas tuyas que me aguardan.

Ahora bien,
si poco a poco dejas de quererme
dejaré de quererte poco a poco.

Si de pronto
me olvidas
no me busques,
que ya te habré olvidado.

Pablo Neruda
Si tú me olvidas

Quase Perfeito :)

All together now

Para ti dei voz às minhas mãos



Foi para ti
que desfolhei a chuva
para ti soltei o perfume da terra
toquei no nada
e para ti foi tudo

Para ti criei todas as palavras
e todas me faltaram
no minuto em que talhei
o sabor do sempre

Mia Couto, in
"Raiz de Orvalho e Outros Poemas"
Título: do mesmo poema


sexta-feira, 11 de novembro de 2011

11.11.11 pelas 11h11minutos: Sincronias...



Para alguns - os vulgarmente designados por adeptos das ciências ocultas, o dia de hoje, Sexta-feira pelas 11H11min.(do 11/11/11),  indicou (ou pôde indicar) a ocorrência de eventos incomuns.

Alguns acreditam no início de um humanismo renovado, de uma nova harmonia no mundo, a abertura de um portal para outra dimensão ou até, uma revolução da consciência.

Os médiuns e sacerdotes paranormais mais renomados comentaram sobre a importância da sincronia das 11h11 do dia 11/11/11 como o israelense Uri Geller e o americano Solara.
- "Ter um triplo número em uma data é, sem dúvida, de grande importância", disse Solara à AFP.
Solara vive no Peru e mantém em segredo seus planos para o dia 11/11/11. Revelou no entanto que grupos em mais de 50 países vão aproveitar a ocasião para sentar em silêncio e meditar.

Alguns numerólogos atribuem ao número 11 poderes paranormais que criarão um canal de comunicação com o subconsciente.

Outros afirmam que o número representa a dualidade do bem e do mal na Humanidade.

Outros que a data 11 é historicamente carregada de significados.

Para John Hoopes, professor de pensamento crítico na Universidade do Kansas, todas estas teorias pseudocientíficas são exemplos perfeitos do "viés de confirmação de hipóteses". É a tendência de privilegiar a informação que confirma as ideias pré-concebidas, sem levar em conta as outras que contradizem, afirmou.


Para a maioria das pessoas - e para mim - é apenas uma coincidência de relógio e calendário que acontece uma vez a cada 100 anos.


Para o Max o dia e hora supra indicados marcam um momento que vai mudar a sua vida: Nasceu...

Para mim, como nasci ao dia 11:
Ficarei atenta às tais "sincronias",  é que algumas chateiam-me particularmente ...

Ditados Populares :)

No dia de S. Martinho, lume, castanhas e vinho.
*
No dia de S. Martinho, vai à adega e prova o teu vinho.
*
Se o Inverno não erra o caminho, tê-lo-ei pelo São Martinho.
*
Verão de S. Martinho são três dias e mais um bocadinho.

Dia de São Martinho!

A lenda de São Martinho conta a história de um soldado Romano chamado Martinho.
Diz a lenda que este soldado forte e bravo ia a atravessar os Alpes e lá no alto fazia muito frio e vento. Apareceu-lhe, então, um mendigo quase nu pedindo-lhe esmola. Martinho, que nada tinha para lhe dar, puxou da espada e com um golpe cortou a sua capa, oferecendo metade ao mendigo para ele se cobrir.
Mais adiante, surge outro mendigo, a quem Martinho oferece a outra metade da capa, prosseguindo a sua viagem.
Conta então a lenda que imediatamente o frio cessou, dando lugar a um lindo dia de Verão: Deus recompensou, assim, Martinho por ele ter sido piedoso, partilhando a capa que tinha para se agasalhar. Assim, para que jamais se apague da memória dos homens este acto de bondade, Deus suspende, nesta altura do ano, durante três dias o tempo frio, para que sorriam o céu e a terra com a benção dum sol radioso.


É o Verão de São Martinho!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Hoje, dia 10 de Novembro de 1640, em Portugal:


A dinastia Filipina governa Portugal; A monarquia dos Habsburgos, provavelmente mais parecida com uma União Europeia, do que com um país, assenta numa completa separação dos estados que a compõem, alinhavados artificialmente uns aos outros por ténues laços, o seu grande calcanhar de Aquiles e a principal razão da sua decadência.

"Para evitar a continua fricção entre os vários reinos, principados, e regiões, a solução passa pela submissão de todos eles a um único rei com um único governo. Isso levou ao início de uma politica de centralização administrativa, que entrava directamente em conflito com os direitos jurados pelo monarca em cada um dos reinos da coroa.

O dinheiro que 60 anos antes se esperava viesse de Madrid para ajudar a recuperar uma economia mal gerida e infestada pela administração corrupta no tempo de D. Sebastião e seus antecessores nunca se materializou e o «Hispanismo» deixou o país numa crise sem precedentes.
Mesmo os mais férteis campos portugueses, estavam tomados por urzes e ervas daninhas. O país estava decrépito e decadente e à beira da ruína. O primeiro-ministro do rei castelhano - o Conde-Duque de Olivares - tinha estudado bem a questão, e Portugal estava numa situação de decadência tal, que deveria aceitar a absorção pela coroa castelhana sem grandes dificuldades."

Foram estas as razões que poderiam levar à revolução no dia 1 de Dezembro de 1640. Mas que, ao que parece, nunca virá a acontecer.

Elimine-se o feriado. Apague-se a simbologia e a memória nacional. Continuemos, então, a viver na amnésia da primeira metade do século XVII.