segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Dezembro

Espero há duas horas.
Sem pressa, sem angústia
Como alguém que espera uma ausência há demasiado tempo.
Assisto à porta que finalmente se fecha sobre uma ilusão
e ao pó que teima em cair,
lentamente,
numa casa esventrada que não é a minha.
Tranco a porta. Troco a chave.
Traço um sorriso no rosto.
Reconheço-me. Recomeço.
Regresso a casa.
As paredes sujas reflectem agora a alegria das vozes amigas.
As molduras suspensas ainda aguardam por momentos felizes.


1 comentário:

  1. Num abrir e fechar de olhos; num pestanejar, tudo retomará o seu devido lugar, preenchendo de felicidade as molduras suspensas :)

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