sexta-feira, 27 de abril de 2012

Alguém o viu?
Saiu do meu peito ainda à bocado,
Deu-me um abraço apertado
e, sem querer,
Deixou-me o rosto molhado.
No seu lugar ficou o vazio
O espaço desocupado
De um colo amachucado
À espera da parte de mim que partiu.
                                                               ENd

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Embora as aparências iludam...

E o 1º de Maio já bate à porta...

Se eu me chamasse Maria era totalmente para mim, assim é só a 50%...

E Abril já começou...

Também vais estar livre dia 25?

É que decidi fazer uma revolução.

Os meus planos são simples:

Atentarei contra a democracia logo quando me levantar.

Começo por mandar calar todas as vozes

-Não suporto ouvir mais ninguém-

Vou gritar palavras de ordem ao espelho

Até reconhecer o meu próprio timbre

E de seguida vou pintar os lábios da cor dos cravos

e sair para a rua armada com um sorriso.

A estratégia é simples,

Só tenho que fazer um golpe de estado

e implantar uma ditadura na minha própria vida.

Eu passarei a ditar todas as minhas regras

Porque só assim se conquista a liberdade.

Vou declarar guerra ao velho regime,

E derrubar todos os pensamentos gastos que já não me servem para nada.

Depois, é só confiscar o primeiro blindado que me aparecer

e de seguida partir numa operação de resgate a mim própria.

O plano é simples. Vou estar livre dia 25.

P.S.: A senha é Abril.


ENd

+ Poesia à 2ª

"para a Vida, cada dia do nosso presente é uma explosão de agoras"

Jorge Vicente




Poesia à 2ª

"ninguém vê o fruto sem se despedir da flor"

Jorge Vicente

Anda Comigo Ver Os Aviões...

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Aos que nos deixam com a cabeça nas nuvens

O que é a felicidade ?



É tão difícil falar e dizer coisas que não podem ser ditas. É tão silencioso. Como traduzir o silêncio do encontro real entre nós dois? Dificílimo contar. Olhei pra você fixamente por instantes. Tais momentos são meu segredo. Houve o que se chama de comunhão perfeita. Eu chamo isto de estado agudo de felicidade.

Clarice Lispector.

sábado, 7 de abril de 2012

Preciso do mar porque me ensina, não sei se aprendo música ou consciência




Nunca o mar foi tão ávido
quanto a minha boca. Era eu
quem o bebia. Quando o mar
no horizonte desaparecia e a areia férvida
não tinha fim sob as passadas,
e o caos se harmonizava enfim
com a ordem, eu
havia convulsamente
e tão serena bebido o mar.



Fiama Hasse Pais Brandão, 
Título:  O Mar - Pablo Neruda
Fotografia: Praia Grande, Sintra

As minhas fases lunares...


Tenho fases, como a lua,
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.

Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.

E roda a melancolia
seu interminável fuso!

Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...).
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...
Cecília Meireles,
 Lua Adversa in 'Vaga Música'

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Voltando aos Amigos Improváveis ou "Intouchables"

A Banda Sonora Original é da responsabilidade de Ludovico Einaudi e é extraordinária!


FLY




Una MATINA



Há ainda a Red Lights de Vib Gyor



Mas incluída na Banda Sonora (não original) temos a sempre espectacular:



Entre outras.
Escusado será dizer que gostei do filme, mas aqui não tecerei considerações sobre o mesmo. Quem quiser/puder que o veja. É uma sugestão (espero que quem a aceite a considere boa).

«Ovos de Páscoa» de Fabergé ou os Ovos Kinder dos Cazres

         Peter Carl Fabergé foi o joalheiro da corte dos cazres russos Aleksandr III e Nicolai II.
O Joalheiro e seus assistentes construíram o primeiro ovo em 1885.
            Os ovos maravilham pela riqueza dos detalhes, pelos metais usados: ouro, prata, platina, cobre, níquel, paládio e pedras preciosas (quartzo, rubi, diamante, jade e ágata) e sobretudo pela surpresa incluída nas peças, pois os ovos continham sempre algum segredo no seu interior, sendo essa ao que parece a única condição imposta pelos Cazres, tendo o Joalheiro toda a liberdade criativa.
 O Joalheiro produziu cinquenta ovos imperiais (1885-1917) para os Cazres oferecerem todos os anos pela Páscoa à respectiva Imperatriz ou familiares.
Por mim, manifesto desde já a minha disponibilidade para receber qualquer um destes Ovos…











  Era bom, era...