sábado, 31 de março de 2012

Saudade à portuguesa (ou o que faz ir ouvir fados à 6ª à noite)

Desperta-me, ó morte,
Já há tanto vives comigo
Se é frio não importa
Seja teu abraço um amigo
Não cedes ao cansaço
Feito beijo sedutor
Não me levas, ó cruel
Só me querias o amor
Bebe-me o sangue triste
Que nele, fugaz, secaste
Colhe-me em amarga flor
Recobra este desgaste
Se vigias paciente
Os dias que esvaziaste
Mostra-me o escondido
Aquele que me roubaste
Estará ele no teu manto
Ou guardaste-o seguro
Onde pára meu amante
Que eu vi saltar o teu muro
Se és meu sonho eterno
Ou infeliz condição
Escutarás este tormento
E terás o meu perdão

Sem comentários:

Enviar um comentário