-Então, Sr. Dias, o que o traz por cá?
-Dr. não sei o que se passa... não sei bem explicar. Tenho o pulso acelerado. É uma sensação forte, sinto o coração muito cheio. Tão cheio como se estivesse na eminência de se partir ao meio.
-Então, Sr. Dias, o que o traz por cá?
-Dr. não sei o que se passa... não sei bem explicar. Tenho o pulso acelerado. É uma sensação forte, sinto o coração muito cheio. Tão cheio como se estivesse na eminência de se partir ao meio.
Fui vacinada.
Vou tatuar no ombro esquerdo:
Pfizer 2021 11h54
Aguardo agora na esperança de, em vez de ter efeitos secundários, ter efeitos especiais. Tipo cauda de sereia. Ou antenas. O que eu queria mesmo era perder a gordura abdominal. Ou então mais paciência, enquanto aguardo pela manifestação das opções anteriores.
Se o vires, diz-lhe que o tempo dele não passou;
que me sento na cama, distraída, a dobrar demoras
e, sem querer, talvez embarace as linhas entre nós.
Mas que, mesmo perdendo o fio da meada por
causa dos outros laços que não desfaço, sei que o
amor dá sempre o novelo melhor da sua mão. Se
o encontrares, diz-lhe que o tempo dele não passou;
que só me atraso outra vez, e ele sabe que me atraso
sempre, mas não demais; e que os invernos que ele
não gosta de contar, mas assim mesmo conta que nos
separam, escondem a minha nuca na gola do casaco,
mas só para guardar os beijos que me deu. Se o vires,
diz-lhe que o tempo dele não passa, fica sempre.
Maria do Rosário Pedreira, Poesia Reunida, Quetzal poesia
o que fazem as mães ?
abrem caminho
mas abrem caminho
cegamente
não conhecem o túnel
o destino
a sombra que as enreda
mais à frente
T.K. Centeno, Cem Poemas Portugueses no Feminino, Terramar, pág, 149
Foto AC©2021
E café na esplanada, máximo 4 lugares, mínimo 1,5 m entre cada espectador especado (ou não), atrevias-te?
Smile though your heart is
aching
Smile even though it's
breaking
When there are clouds in
the sky, you'll get by
If you smile through your
fear and sorrow
Smile and maybe tomorrow
You'll see the sun come
shining through for you
Light up your face with
gladness
Hide every trace of
sadness
Although a tear may be
ever so near
That's the time you must
keep on trying
Smile, what's the use of
crying?
You'll find that life is
still worthwhile
If you just smile
That's the time you must
keep on trying
Smile, what's the use of
crying?
You'll find that life is
still worthwhile
If you just smile
Composição musical - Charlie Chaplin (1936) para o filme Modern Times
Letra - John Turner e Geoffrey Parsons (1954)Há doenças piores que as doenças,
Há dores que não doem, nem na alma
Mas que são dolorosas mais que as outras.
Há angústias sonhadas mais reais
Que as que a vida nos traz, há sensações
Sentidas só com imaginá-las
Que são mais nossas do que a própria vida.
Há tanta coisa que, sem existir,
Existe, existe demoradamente,
E demoradamente é nossa e nós…
Por sobre o verde turvo do amplo rio
Os circunflexos brancos das gaivotas…
Por sobre a alma o adejar inútil
Do que não foi, nem pôde ser, e é tudo.
Dá-me mais vinho, porque a vida é nada.
"Se fosse Eva a escrever o Génesis,como seria a primeira noite de amor da raça humana?
Eva teria começado por esclarecer que ela não nasceu de nenhuma costela, nem conheceu nehuma serpente, nem ofereceu maçãs a ninguém, e que Deus nunca lhe disse que parirás com dor e o teu marido te dominará. Que todas estas histórias são puras mentiras que Adão contou à imprensa."
"Pontos de Vista 6" in Mulheres, Eduardo Galeano, Antígona, 1ª Ed., 2017
"Hoje quero escolher bem. Hoje quero escolher-me viva e
determinada. Protegida e confiada (também) a mim. Hoje quero abraçar-me com
carinho e perdoar-me as fraquezas, as mentiras, as faltas de coragem, a
arrogância extrema nos momentos de exaltação e euforia. Hoje quero adormecer em
paz comigo e despertar guerreira, pronta para a vida que escolho e me escolhe.
Quero acolher-me e soltar-me. Silenciar e falar alto. No momento em que decido.
Quero ser esta e aquela e aqueloutra e mais alguém, com todas as cores que se
exibem timidamente e tantas vezes se atropelam.
Quero pintar o meu quadro e não deixar uma tela em branco.
(...)
AFONSO CRUZ
"Mar, metade da minha alma é feita de maresia
Modo de preparação
1Numa coqueteleira,
coloque o gelo, o açúcar, o Cointreau, o sumo de lima e a
tequila. Agite até o copo ficar gelado.
2Passe limão na borda do copo.
Coloque sal em um prato raso e mergulhe a borda do copo.
3Coloque o coquetel no copo, sem o
gelo.
Vacina anti dormência- primeira toma
acompanha bem com uma mistura de dois dedos de moscatel e meio cálice de boa conversa ou o contrário
The Cranberries - Zombie (Official Music Video) - YouTube
ENd
Esta parece que vem a despropósito, mas pensando bem é bastante adequada. O segredo está no conhaque ...
Ingredientes:
1 litro de leite
1 lata de leite condensado
1 pacote de natas
2 ou 3 doses de conhaque ou a gosto
7 ou 8 colheres de chocolate em pó
Modo de preparação:
Coloque o chocolate em pó em uma leiteira e leve ao fogo baixo. Quando começar a derreter, junte o leite condensado e as natas, mexendo sempre. Assim que levantar fervura, adicione a metade do conhaque e todo o leite, mexa bem. A dose de conhaque depende do gosto de cada um.
não tem risos nem esplanadas
não tem passos
nem raparigas e rapazes de mãos dadas
tem praças cheias de ninguém
ainda tem sol mas não tem
nem gaivota de Amália nem canoa
sem restaurantes sem bares nem cinemas
ainda é fado ainda é poemas
fechada dentro de si mesma ainda é Lisboa
cidade aberta
ainda é Lisboa de Pessoa Alegre e triste
e em cada rua deserta
ainda resiste.
(Manuel Alegre, 20 de Março de 2020)
Ficou vazio o teu lugar à mesa. Alguém veio dizer-nos
que não regressarias, que ninguém regressa de tão longe.
E, desde então, as nossas feridas têm a espessura
do teu silêncio, as visitas são desejadas apenas
a outras mesas. Sob a tua cadeira, o tapete
continua engelhado, como à tua ida.
Provavelmente ficará assim para sempre.
No outro Natal, quando a casa se encheu por causa
das crianças e um de nós ocupou a cabeceira,
não cheguei a saber
se era para tornar a festa menos dolorosa,
se para voltar a sentir o quente do teu colo.
(Maria do Rosário Pedreira - poesia reunida - Quetzal, pág. 36)
Recomeça....